domingo, 19 de abril de 2009

Pin-up

Concordo, dessa vez ousei!
Meu tatuador o artista Ricardo Bibiano tem uma "Pin-up", uma bela tattoo, adoro essa arte!
Vi em vários sites e blogs sobre as Pin-ups , como surgiram e seus artistas, é apaixonante esse universo. Outro dia, falava com o fotógrafo Foguinho, ele sempre convida-me para fazer um "ensaio fotográfico" (coisa de amigo), para ser sincera tenho vontade (muita) e falta tempo. Mas irei fazer em breve, porque em junho completarei 47 anos, tenho que documentar essa ainda minha "boa forma" de quarentona , e quem sabe de pin-up?



Carmen La Vie - foto by Marcos Ferreira

Nos anos 40 e 50, fotos de mulheres sensuais ganharam o nome de ”pin-up”. Por quê? O destino das fotos era ser pendurada nas paredes de quartos de homens nos Estados Unidos. A palavra “pin” significa “fixar, segurar, prender” em inglês.

“Pin-up” a bela , é filha da revolução industrial. É no século XIX que são reunidas as condições para a emergência do gênero, quando surgem os meios de produção das imagens em massa, uma classe média urbana e uma sociedade mais aberta à representação da sexualidade feminina. Aos poucos vão sendo difundidos, na Europa e nos Estados Unidos, os calendários sexy, os cartões-postais e os pôsteres de atrizes de teatro, por vezes desnud
adas.


"Que ela seja desenhada ou fotografada, numa revista ou num calendário, a pin-up não é uma mulher de verdade, e sim uma fantasia: ela é feita para ser devorada com os olhos, e não para casar"


by Gil Elvgren

Pin-up também pode se referir a desenhos, pinturas e outras ilustrações feitas por imitação a estas fotos. As imagens “pin up” podiam ser recortadas de revistas, jornais, cartões postais, cromo-litografias e assim por diante. Tais fotos apareciam freqüentemente em calendários, os quais eram produzidos para serem pendurados .

Muitas “pin ups” eram fotografias de celebridades consideradas sex symbols. Betty Grable foi uma das mais populares dentre as primeiras “pin-ups”. Um de seus posters tornou-se onipresente nos armários dos soldados norte-americanos durante a Segunda Guerra Mundial.
Outras pin-ups eram trabalhos artísticos, representando versões idealizadas do que alguns imaginavam ser a representação de uma mulher particularmente atraente.

Um exemplo antigo do último tipo foi a Gibson girl (garota de Gibson), desenhada por Charles Dana Gibson. O gênero também deu origem a vários artistas especializados, tais como Gil Elvgren, Alberto Vargas, George Petty e Art Frahm.

Art Frahm

A expressão “cheesecake” é sinônimo de “foto pin-up”. O mais antigo uso documentado neste sentido é de 1934, antecipando-se a “pin-up”, embora anedotas afirmem que a expressão estava em uso na gíria pelo menos 20 anos antes, originalmente na frase (dita sobre uma bela mulher) “better than cheesecake” (algo como um verdadeiro pitéu).


Considerada uma das mais belas atrizes de Hollywood, Scarlett Johannson


Outra pin-up bastante conhecida é Betty Boop, personagem criada pelo desenhista Grim Natwick em 1930
seu corpo foi inspirado nas curvas da atriz Mae West



Uma das maiores referências no estilo ainda é a atriz e modelo Bettie Page, a fama veio depois de um ensaio sensual para a revista Playboy em 1955
Hugh Hefner, criador da Playboy, considerava Bettie Page
“a modelo do século XX”

Desenhadas ou fotografadas, elas encarnam há um século o ideal feminino de homens carentes,
e tiveram em Marylin Monroe seu principal símbolo

A pin-up mais célebre do século XX Marilyn Monroe, contribuiu de maneira considerável para impor o clichê da boneca loira, passiva e inocente, à espera do bem-querer do homem. Cada época, portanto,
fabricou uma pin-up que corresponde às suas próprias aspirações: ora uma deusa agressiva e conquistadora

Em anos recentes, ilustradores (Rion Vernon), têm explorado pin-ups de modo mais radical. Vernon, criador do termo "pinup toons", fundiu a clássica garota pin-up com os elementos da HQ e cartoon.

Outros tipos de pin-ups

Em HQs, uma pin-up é simplesmente uma arte que ocupa uma página inteira, costumeiramente sem diálogo, que exibe um personagem ou grupo de personagens, ou um acontecimento significativo, publicado numa edição regular ou especial e que não foi pensada para tornar-se um poster.

Em publicações profissionais para fãs de filmes e séries de televisão, uma pin-up pode representar uma fotografia posada dos atores ou atrizes do assunto em pauta, mas pode também exibir cenas específicas especialmente fotografadas para fins de divulgação (os chamados stills).

“Oops! Deixei cair a minha calcinha…”, exclama uma linda garota, com uma perna para cima e os seios arrebitados. Sexy, sorridente e bobinha, tal é o estereótipo da pin-up. Uma garota de papel que os esportistas nos vestiários ou os soldados nos quartéis penduram por meio de alfinetes há mais de um século.
Com o surgimento da Pop Arte nos anos 60 a fusão de pin-ups com a nova estética foi imediata. Os calendários, cartões e maços de cigarros que traziam as pin-ups eram elementos perfeitos para inspirarem os artistas. Assim, a imagem de Marilyn Monroe, por exemplo, foi imortalizada em quadros de Andy Warhol, o papa da Pop Arte. Além de Warhol, dois dos principais artistas pop a utilizarem as pin-ups em suas obras foram Roy Lichtenstein e Mel Ramos.

A partir dos
anos 70 com uma maior liberalização dos costumes e o avanço da indústria da pornografia, as pin-ups perderam bastante do seu espaço, mas mantiveram-se no imaginário da cultura pop. O que começou como ilustrações para reproduzir a beleza estética e o poder de atração das mulheres, como forma de driblar os moralismos da época, evoluiu para a transformação das pin-ups em personagens de carne e osso, seja com as atrizes no cinema ou como modelos fotográficos. Em meados dos anos 80 há uma retomada da estética das pin-ups com uma atualização que incluiu elementos futuristas e fetichistas.


Alberto Vargas


Mas, a herança a mais recente da pin-up talvez deva se procurada do lado do “novo burlesco”, nos Estados Unidos. Trata-se de uma corrente que vê as garotas combinarem, no palco, o cabaré com o strip-tease kitsch. Será um retorno às origens? De fato, foi nos teatros, no século XIX, que nasceram as primeiras pin-ups: sexy, espertas e… feministas.

fonte: UOL - Claire Guillot, Tradução: Jean-Yves de Neufville

Fashion Bubble/Imagens e letras: diversão cultural/Bolsa de Mulher

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