quinta-feira, 22 de abril de 2010

Flor da Pele

Gal Costa (Foto Antonio Guerreiro)



Não sei quando ou como começou
Só sei que me alucina
Me perdi do fio condutor
Do amor que me domina
E você me usa a seu favor
Igual mulher de esquina
E me leva embora, traidor
Assim que se termina
Mas se você quer
Eu logo vou
Sabendo da rotina
Despencamos sobre o cobertor
Devasso e libertina
Me diz coisas feias e de amor
A luz da lamparina
Me devoro corpo sedutor
Igual fera assassina
E você me arrasta nessa dor
Que aos poucos me arruína
Ando já com meus nervos a flor da pele já morfina
Tenho olheiras fundas e pavor de álcool e nicotina
Minhas noites durmo com pavor
A base de aspirina
Sei que estou secando ao seu dispor
Sei que estou ficando sem valor
Sei que você vai sumir
Eu vou, vou cumprir minha sina
Vou cumprir minha sina ...
(Paulo César Pinheiro / Mauricio Tapajós / Clara Nunes)

1 Comment:

Celso Andrade said...

bacana...

Tudo belo por aqui...

viva a arte de rabiscar pensamentos!

abraço

 
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