sábado, 30 de abril de 2011

O que você é ... ninguém pode ser!




As pessoas mais felizes,
não têm as melhores coisas
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades
que aparecem em seus caminhos...
Pense nisso!
O que você tem,
todo mundo pode ter,
Mas o que você é...
Ninguém pode ser.


(Clarice Lispector)

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Bússola




Eu não quero um amor comportado,
desses sem nenhum sobressalto,
calmo como as noites sem vento.
Eu quero o arranque desses que não pedem licença...
Invadem os compartimentos.
E nos põe de quatro, babando feito um animal.
Desses que a gente critica e que nos amedronta nas suas...
possibilidades de felicidade blasé.
Eu quero Noites de vendaval.
Ah, eu quero o mistério
dessa lua, que trouxeram pra mim.
Me deixa assim carne crua,temperada de suores, temperaturas e sais.
Se ele muda como os eflúvios, não me importo com suas variações.
E se lambo todos os seus sabores, ainda , que depois amargue, é variação. Enquanto isso, arquivo as conveniências e racionalidades.
Sou instinto. Animalidade. Combustão.
Entrega em domicílio ou no improvável.
A velocidade, às vezes, suprime um eu te amo careta.
A única coincidência é quando acaba,
que ainda que eu me perca, o amor ainda assim, é bússola.

(João Barboza)
www.joaobarboza.blogspot.com

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Verônica Sabino - Todo Sentimento



Chico Buarque/Cristovão Bastos

Paciência ou Maturidade?




‎Porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloquentes como "sempre" ou "nunca".

Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas.

Já não tentamos o suicídio nem cometemos gestos tresloucados. Alguns, sim - nós, não. Contidamente, continuamos. E substituímos expressões fatais como "não resistirei" por outras mais mansas, como "sei que vai passar".

Esse o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência.


(Caio Fernando Abreu)

domingo, 24 de abril de 2011

Cristal Lilás





Nunca mais
Quero saber de outra paixão fugaz
Que essas paixões são ilusões banais
São pedras falsas, bibelôs, vitrais
São iguais a um licoroso vinho embriagador...
Que por trás deixa nos lábios um sabor
Que quem bebeu não bebe nunca mais
Amor inútil que não satisfaz
Não apraz amor tão fútil que só tem cartaz
Amor fugaz é como um frasco de cristal lilás
Belo, mas frágil, que se cai no chão
Se quebra e se desfaz
Sou capaz de não amar
Do que amar um amor a mais
Que faz de mal o que de bem não faz
Que quer o mar, mal põe os pés no cais
Nunca mais vou derramar as minhas lágrimas
Que não há dor que desconsagre mais
Do que uma dor de amor fugaz


(Maurício Carrilho e Paulo C. Pinheiro)

sábado, 23 de abril de 2011




Normalmente resistimos enquanto o coração resseca,
os olhos endurecem, as deliberações se frustram.
Desmascaramos a farsa para continuarmos a existir no meio dela.
De que nos tem servido essa lucidez
senão para chamar barra cada vez mais pesada?
Batalhamos a paz, a divina indiferença.
Pra termos sede de amor e de beleza.

(Caio Fernando Abreu)


 
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