domingo, 10 de julho de 2011

Meu endereço, é em você



Eu não dou a ninguém, como dou a você, a ousadia de falar de mim...
Meu Endereço, é em você.
A você, eu dou todos os indultos, todas as permissões, todas as certidões, e eu tenho completa sensação de amor em você. Em cada toque me reconheço em cada gozo... me estremeço e isso findo, é como se você assinasse o prazer em meu corpo, naquelas balelas de ouvir sinos (ou buscá-los, onde quer que eles estejam) e arranhar estrelas.
Eu moro em você, como você mora em mim e isso não dá espaço para psicologias porque é.

Não há Freud, que nos reconheça, Lacan ou quejando que nos decifre.
Nós somos espumas de nós mesmos. Se nosso amor faltar um dia, vai deixar um buraco maior que a ação de um Tsunami, mas que aproveitem o buraco, enquanto nos resta essa saga de siameses que se devoram.
Que se guardem as teorias, nos basta à prática de alpinismo dos corpos, as tatuagens produzidas pelo nosso fogo, a água que produzimos pelo puro prazer, alimentados pela luxúria de um pecado original.
Eu te oficializo na hora em que grito seu nome, a partir daí é a remontagem, com interferência do tempo, esse vilão, que nos põe em outro plano.

Você não sabe do que nós somos capazes ? Duvidar, quem há de...

(João Barboza)

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