domingo, 30 de novembro de 2008

Toma-me

Poema de Hilda Hilst para Ly Ferraz e Leeh, que fizeram aniversário essa semana.




"Demoiselles d'Avignon" - Pablo Picasso




Toma-me.
A tua boca de linho sobre a minha boca Austera.
Toma-me agora, antes
Antes que a carnadura se desfaça em sangue, antes
Da morte, amor, da minha morte, toma-me
Crava a tua mão, respira meu sopro, deglute
Em cadência minha escura agonia.
Tempo do corpo este tempo. Da fome
Do de dentro. Corpo se conhecendo, lento,
Um sol de diamante alimentando o ventre,
O leite da tua carne, a minha
Fugidia.
E sobre nós este tempo futuro urdindo
Urdindo a grande teia. Sobre nós a vida
A vida se derramando. Cíclica. Escorrendo.
Te descobres vivo sob um jogo novo.
Te ordenas. E eu delinqüescida: amor, amor,
Antes do muro, antes da terra, devo
Devo gritar a minha palavra, uma encantada
Ilharga
Na cálida textura de um rochedo. Devo gritar
Digo para mim mesma.
Mas ao teu lado me estendo
Imensa
De púrpura. De prata. De delicadeza.


(Hilda Hilst)

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Um pouco mais de Elisa Lucinda

Adoro a linguagem de Elisa Lucinda.
Algumas palavras chocam um pouco, mas é nosso cotidiano.
Escreve bem, interpreta, canta e linda... quer mais?
Visitem o site, sintam um pouco mais dos belos poemas, conheçam o trabalho feito pela ONG.




A gente tem que morrer tantas vezes durante a vida
Que eu já tô ficando craque em ressurreição
Bobeou eu tô morrendo
Na minha extrema pulsão
Na minha extrema-unção
Na minha extrema menção
de acordar viva todo dia
Há dores que sinceramente eu não resolvo
sinceramente sucumbo
Há nós que não dissolvo
e me torno moribundo de doer daquele corte
do haver sangramento e forte
que vem no mesmo malote das coisas queridas
Vem dentro dos amores
dentro das perdas de coisas antes possuídas
dentro das alegrias havidas
Há porradas que não tem saída
há um monte de "não era isso que eu queria"
Outro dia, acabei de morrer
depois de uma crise sobre o existencialismo,
terceiro mundo, ideologia e inflação...
E quando penso que não...
me vejo ressurgida no banheiro
Sem cor, sem fala
nem informática nem cabala
eu era uma espécie de Lázara
poeta ressuscitada
passaporte sem mala
com destino de nada!
A gente tem que morrer tantas vezes durante a vida
ensaiar mil vezes a séria despedida
a morte real do gastamento do corpo
a coisa mal resolvida
daquela morte florida
cheia de pêsames nos ombros dos parentes chorosos
cheio do sorriso culpado dos inimigos invejosos
que já to ficando especialista em renascimento
Hoje, praticamente, eu morro quando quero:às vezes só porque não foi um bom desfecho
ou porque eu não concordo
Ou uma bela puxada no tapete
ou porque eu mesma me enrolo
Não dá outra: tiro o chinelo...
E dou uma morrida!
Não atendo telefone, campainha...
Fico aí camisolenta em estado de éter
nem zangada, nem histérica, nem puta da vida!
Tô nocauteada, tô morrida!
Morte cotidiana é boa porque além de ser uma pausa
não tem aquela ansiedade para entrar em cena
É uma espécie de venda
uma espécie de encomenda que a gente faz
pra ter depois ter um produto com maior resistência
onde a gente se recolhe (e quem não assume nega)
e fica feito a justiça: cega
Depois acorda bela
corta os cabelos
muda a maquiagem
reinventa modelos
reencontra os amigos que fazem a velha e merecida
pergunta ao teu eu: "Onde cê tava? Tava sumida, morreu?"
E a gente com aquela cara de fantasma moderno,
de expersona falida:- Não, tava só deprimida.

(Elisa Lucinda) http://www.escolalucinda.com.br/

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Querido Pedro

Sexta-feira, entrei na primeira sala e prendi o salto do sapato na tomada, não fosse minha facilidade em administrar sentimentos ou "saia justa", desmaiaria ou viraria líquido! Encontrei meu entrevistador: jovem, bonito, simpático, muito educado (com procedência). E tornei-me membro de sua equipe.
Oito meses, experiência, aprendizagem e conviver com uma pessoa iluminada. Consegui dar um "Up", motivou-me a "recomeçar", estou gostando de "tentar" aprender inglês.
Caso fosse uma "despedida" eu colocaria Nina Simone cantando "Ne me quitte pas", mas é uma oportunidade de crescimento, então vou colocar B.B. King cantando um belo Blues e brindaremos com vinho tinto. Como diz o poeta: "Levamos uma vida inteira para amar uma pessoa especial, quem é especial fica!"
Boa sorte querido, nessa nova fase de sua vida, todo meu sentimento nas palavras de Mário Quintana.

Te adoro!




Pedro Pina




É preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas,
teu perfil exato e que, apenas, levemente,
o vento das horas ponha um frêmito em teus cabelos...
É preciso que a tua ausência trescale sutilmente, no ar,
a trevo machucado, as folhas de alecrim desde há muito guardadas não se sabe por quem
nalgum móvel antigo...
Mas é preciso, também, que seja como abrir uma janela e respirar-te,
azul e luminosa, no ar.
É preciso a saudade para eu sentir como sinto - em mim - a presença misteriosa da vida...
Mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevista que nunca te pareces com o teu retrato... E eu tenho de fechar meus olhos para ver-te.


(Mário Quintana)

Muita Bossa

Domingo dia 16, Parque do Campolim lotado, nem o intenso sol afastou o público, quase 5000 pessoas para ver mais um show do Projeto Metso Cultural, com produção da MDA International : Laércio de Freitas Trio e Emílio Santiago. Consegui uma sombra e pontualmente 11h iníciou com um repertório de "bossa" (instrumental), depois entrou Emílio Santiago (vestindo uma camiseta : "Barack Obama - Vote"), cantando nada mais que "Eu sei que vou te amar ".
Uma hora e meia de boa música.
Para saber mais do Projeto e agenda: http://www.mdainternational.com.br/ também pelo site http://www.teiacultural.com.br/ (esse site é muito bacana, divulga e faz coberturas de eventos culturais), um ano no "ar" sem patrocínio, tudo feito com a maior boa vontade, competência e amor pela cultura.


Emílio Santiago

A noite eu e Ana Luiza (com os amigos Rafael, Vivian, Luiz , Débora avec namorado), curtimos o "Circo Roda Brasil" com o espetáculo "Oceano".Tudo impecável: roteiro, cenografia, trilha sonora e atores (um luxo).

Formado da união dos grupos Parlapatões e Pia Fraus, o Circo Roda Brasil está com o novo espetáculo "Oceano", a trupe segue com a proposta de renovação da arte circense brasileira agregando novas técnicas aos já tradicionais palhaços, trapezistas e malabaristas. Desta vez, algumas das novidades são os "jumpers", espécie de perna-de-pau que ajuda o artista a saltar e a utilização de patinadores em "halfs" espalhados pelo palco. "Tentamos ampliar o público para falarmos também com os jovens, com uma leitura contemporânea do espetáculo de variedades que é o circo", diz Hugo Possolo, diretor artístico do espetáculo "Oceano" e fundador do grupo Parlapatões.É com a proposta de mistura de linguagens que "Oceano" conta a história de um menino que perde seu patinho de borracha durante o banho na banheira e, quando tenta recuperar o brinquedo, acaba sendo levado pelo ralo e cai no fundo do mar. Lá, o menino encontra pingüins patinadores, sereias e piratas trapezistas, cavalos-marinhos acrobatas e outros seres marinhos circenses. Circo Roda Brasil mistura referências e características típicas dos dois grupos que o compõem, agregando o lado cômico e físico dos Parlapatões à experiência cênica com bonecos e artes plásticas do Pia Fraus.
http://www.circorodabrasil.com.br/




Esse é lindo

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Eu te amo e suas estréias

Elisa Lucinda nasceu em Vitória, no Espírito Santo, onde se formou em jornalismo e chegou a exercer a profissão. Em 1986, mudou-se para o Rio disposta a seguir a carreira de atriz. Trabalhou em algumas peças, como "Rosa, um Musical Brasileiro", sob direção de Domingos de Oliveira, e "Bukowski, Bicho Solto no Mundo", sob direção de Ticiana Studart. Integrou, ainda, o elenco do filme "A Causa Secreta", de Sérgio Bianchi."O Semelhante", onde a poeta se apresenta declamando seus versos e conversando com a platéia, estreou no Rio e teve temporadas de sucesso em várias capitais. No mesmo formato apresentou "EU TE AMO Semelhante", também com excelente receptividade. Publicou, entre outros, os livros "A Menina Transparente", "Eu te amo e suas estréias", "O Semelhante" e a "Coleção Amigo Oculto" (trilogia infantil). Gravou os Cd’s de poesias: “Semelhante” e “Eu te amo e suas Estréias” .Há quem critique a temática por demais cotidiana da poesia de Elisa. "A grandeza de um céu estrelado está presente no cotidiano das pessoas; minha poesia fala do cotidiano, sim, pois para mim os sentimentos mais profundos, alegres ou tristes, podem ser traduzidos de forma cotidiana e simples", ela rebate.


Te amo mais uma vez esta noite
talvez nunca tenha cometido “eu te amo”
assim tantas seguidas vezes, mal cabendo no fato
e no parco dos dias.
Não importo, importa é a alegria límpida
de poder deslocar o “Eu te amo”
de um único definitivo dia
que parece bastá-lo como juramento
e cuja repetição parece maculá-lo ou duvidá-lo…
Qual nada!Pois que o eu te amo é da dinâmica dos dias
É do melhoramento do amor
É do avanço dele
É verbo de consistência
É conjugação de alquimia
É do departamento das coisas eternas
que se repetem variadas e iguais todos os dias
na fartura das rotações e seus relógios de colmeias
no ciclo das noites e na eternidade das estréias:
O sol se aurora e se põe
com exuberância comum e com novidade diária
e aí dizemos em espanto bom: Que dia lindo
E é! Porque só aquele dia lindo
é lindo como aquele.
Nossa sede, por mais primitiva,é sempre uma
Uma loucura da falta inédita
até o paraíso da água nova
no deserto da nova goela.
Ela, a água, a transparente obviedade que
habita nosso corpo
e nos exige reposição cujo modo
é o prazer.Vê: tudo em nós comemora
ao novo milenar de si
todas as horas:
Comer é novidade
Dormir é novidade
Doer é novidade
Beber é novidade
Sorrir é novidade
Banhar-se é novidade
Transar é novidade
Beijar é novidade
Maravilhosa repetitiva verdade que se
expõe em cachos a nosso dispor
variando em sabor e temor e glória
Por isso eu te amo agora
como nunca antes
Porque quando eu te amei ontem
Eu te amava naquele tempo
e sou hoje o gerúndio
daquela disposição de verbo
Eu te amo hoje com você dentro
embora sem você perto
eu te amo em viagem
portanto em viragem
diferente da que quando
estava perto.
Meu certo é alto, forte
Eu te amo como nunca amei
você longe, meu continente, meu rei
Eu te amo quantas vezes for sentido
e só nesse motivo é que te amarei.


(Elisa Lucinda)

domingo, 9 de novembro de 2008

O que é o amor?

Acordei atrasada e perdi a prova. E ouvia no rádio Selma Reis. Depois do atraso, concentrei-me na música, lembrei de "Riacho Doce", quem não se lembra da bela "loura" Vera Fischer mergulhando nas águas de Fernando de Noronha? A praia de Riacho Doce em Alagoas também é linda demais! Acabou a música e penso, o fim do ano chegou, a cidade já está em clima de natal, as pessoas também. Percebo que muita gente muda de comportamento, "paira" uma certa bondade forçada, não é bem por aí . Isso tem que ser o ano todo. Nossa vida é uma correria, não temos tempo para a família, amigos ou até mesmo para nós. Tento aproveitar o máximo de tudo isso, claro que não sou Madre Teresa de Calcutá período integral, mas procuro ser transparente em meus sentimentos e atitudes.
Nem tento recuperar o tempo perdido, já que o natal está chegando.
Só nos resta: "amar" todos que encontrar pelo meu caminho.

O que é o amor?
Onde vai dar?
Parece não ter fim
Uma canção
Cheirando a mar
Que bate forte em mim
O que me dá
Meu coração
Que eu canto
Pra não chorar?
O que é o amor?
Onde vai dar?
Por que me deixa assim?
O que é o amor?
Onde vai dar?
Luar perdido em mim...
(Danilo Caymmi/Dudu Falcão)

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Valsa Brasileira





Vivia a te buscar
Porque pensando em ti
Corria contra o tempo
Eu descartava os dias
Em que não te vi
Como de um filme
A ação que não valeu
Rodava as horas pra trás
Roubava um pouquinho
E ajeitava o meu caminho
Pra encostar no teu
Subia na montanha
Não como anda um corpo
Mas um sentimento
Eu surpreendia o sol
Antes do sol raiar
Saltava as noites
Sem me refazer
E pela porta de trás
Da casa vazia
Eu ingressaria
E te veria
Confusa por me ver
Chegando assim
Mil dias antes de te conhecer.


(Edu Lobo/Chico Buarque)

sábado, 1 de novembro de 2008

Homenagem "100 anos de Cartola"

Parabéns ao Jornal Cruzeiro do Sul (José Antonio Rosa), ao músico Lucas Sales e Grupo e ao Bar Depois, pela homenagem ao nosso grande compositor "Cartola". Pela manhã quando vi o jornal, delirei ... Em pensar que jovens músicos pesquisam e fazem "boa música".
Lembrando também que é aniversário do músico Jadson Fernandes (que estará no Bar Depois): parabéns querido, nós te amamos.




Show com o cantor Lucas Sales, que tem o timbre vocal parecido com o do compositor, resgata clássicos como 'As Rosas não falam' e 'O Mundo não é um Moinho'.
Há dois anos, o cantor Lucas Sales estava no bar Na Aba, tradicional reduto de sambistas do bairro de Pinheiros, em São Paulo, quando foi convidado a dar uma canja. No palco, interpretou Acontece, de Cartola, um de seus autores preferidos.
No exato momento da apresentação, entra na casa Beth Carvalho. Depois de assistí-lo, impressionada, ela diz: - E não é que o Agenor baixou no menino?. A avaliação mais do que abalizada referia-se ao timbre vocal muito parecido com o do sambista, cujo centenário de nascimento é comemorado em 2008.
O público de Sorocaba terá a oportunidade de conhecer, em primeira mão, o trabalho e conferir de perto a semelhança. É que Lucas apresenta, hoje, a partir das 22h, no Depois Bar, um tributo ao compositor.
Ele pretende transformar a produção num show e excursionar pelo país. Em cena, estará acompanhado de uma formação que lembra os regionais da época de ouro. Estão no grupo João Paulo Barbosa (sax e flauta), Fabinho (violão de sete cordas), Fábio Leal (bandolim) e, muito provavelmente, o percussionista Cléber Almeida.
Esse time executa um repertório que destaca clássicos de todos os tempos, como Alvorada, O sol nascerá, Peito Vazio, Preciso me Encontrar, Não quero mais amar a Ninguém, Sala de Recepção, e, claro, O Mundo é um Moinho e, com certeza, As Rosas não Falam.
Lucas contou ao Mais Cruzeiro que quis dar ao espetáculo um toque de originalidade e aproveitou ao máximo o fato de ter a mesma tessitura vocal que a de Cartola. Não se trata, ele garante, de imitação, mas de trabalhar os recursos de que dispõe.
Músico da noite, Lucas Sales tem composições próprias que deve incluir num CD a ser gravado oportunamente. O projeto, ele explica, depende de patrocínio. Os temas podem ser categorizados no que se convencionou chamar de música popular universal, bem ao estilo do que faz Hermeto Pascoal, outra influência que o artista assume.

A cartola do pedreiro


Cartola (1908-1980), o autor que será homenageado na apresentação de logo mais, nasceu no bairro do Catete, no Rio de Janeiro. Batizado Agenor de Oliveira, tinha oito anos quando sua família se mudou para Laranjeiras e 11 quando passou a viver no morro da Mangueira, de onde não mais se afastaria.
Passando por diversas escolas, conseguiu terminar o curso primário, mas aos 15 anos, depois da morte da mãe, deixou a família e a escola, iniciando a vida de boêmio. Após trabalhar em várias tipografias, empregou-se como pedreiro.
Vem dessa época o apelido, pois usava sempre um chapéu para impedir que o cimento lhe sujasse a cabeça. Em 1925, com o Carlos Cachaça, que se tornaria seu mais constante parceiro, foi um dos fundadores do Bloco dos Arengueiros.
Da ampliação e fusão desse bloco com outros existentes no morro, surgiu, em 1928, a Estação Primeira de Mangueira, segunda escola de samba carioca. Apesar da facilidade para compor, e da riqueza melódica das criações, pouco do seu talento foi aproveitado. Problemático, Cartola simplesmente desaparece do bairro onde vivia em 1941. Muita gente chegou a pensar que ele tivesse morrido. Foi o cronista Sérgio Porto que, em 1956, quinze anos mais tarde, o resdecobriu lavando carros em uma garagem de Ipanema e trabalhando à noite como vigia de edifícios.
Casado, nos anos 60, com Eusébia Silva do Nascimento, a Zica, Cartola transforma a casa onde mora num ponto de encontro de sambistas. Entre as tantas histórias que contam das reuniões lá organizadas, à base de feijoada e caipirinha, uma ganhou status de lenda.
Consta que Ciro Monteiro, conhecido pelo apetite desmedido, abusou do direito de comer num dos almoços a que compareceu e passou mal. Conhecido como Formigão, Monteiro assustou outros convidados que pensaram estar diante de um quadro bem mais grave.
Um garoto corre até dona Zica e avisa do problema. Ela, então, prepara e serve a ele um chá para reverter os efeitos do mal estar. Ciro pega a xícara e, antes de beber, pergunta: - Não tem uma bolachinha para acompanhar?.
A gravação do primeiro disco só aconteceria em 1974, quando Cartola conta já com 66 anos de idade. Logo depois, em 1976, sai o segundo LP, que continha uma de suas mais famosas criações, As rosas não falam. Em 1978, quase aos 70 anos, muda-se para o bairro de Jacarepaguá, buscando um pouco mais de tranqüilidade, na tentativa de continuar compondo. Em 1979, lançou seu quarto álbum, Cartola 70 anos. Descobre, nesta época, que estava com câncer, doença que causaria sua morte, em 30 de novembro de 1980.
(Jornal Cruzeiro do Sul - João Antonio Rosa)


Serviço:
"Tributo a Cartola"
Com Lucas Sales e Grupo
Hoje a partir das 22h, no Bar Depois, à rua Cônego Januário Barbosa, 123 - Sorocaba

 
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