quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Apare os teus sonhos que a vida tem dono



Abre alas pra minha folia
Já está chegando a hora
Abre alas pra minha bandeira
Já está chegando a hora
Apare os teus sonhos que a vida tem dono
E ela vem te cobrarA vida não era assim,
não era assim
Não corra o risco de ficar alegre
Pra nunca chorar
A gente não era assim,
não era assim
Encoste essa porta que a nossa conversa
Não pode vazar
A vida não era assim,
não era assim
Bandeira arriada, folia guardada
Pra não se usar
A festa não era assim, não era assim
(Ivan Lins/Vitor Martins)

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Domingo com Maria Madame

Domingo de folga, Estela em Sorocaba e Maria Madame no Depois Bar.

O suinge de Maria Madame (José Antonio Rosa)

O Maria Madame tem pouco mais de um ano e meio de estrada.
Começou com os amigos Bruno e Leonardo, que tocavam na noite. Desde então, já executavam releituras dos vários estilos. Jovens, ouviam coisas pouco conhecidas, como canções de Wilson Simonal.
Talvez até inconscientemente o “Maria...” (nome que, a princípio seria Madame Maria, mas que, por conta melhor sonoridade, mudou) foi beber na fonte dos ritmos mais suingados. Isso ficou patente com a chegada do vocal Júlio Moura.
A banda procurava um vocalista e fez testes com vários nomes. Assim que foi ouvido, Júlio ficou com a vaga. “Nós dissemos que ele tinha a cara do grupo. Só podia dar no que deu”, comentam Bruno e Gustavo.
Júlio é, de fato, o diferencial da proposta do Maria Madame. Quem o assistiu cantar os “rearranjos” que a banda faz, ficou com essa impressão. O “Maria...” obteve o segundo lugar na edição deste ano do Festival de Inverno do Bar do Bozó com “Oscar 121”, letra de Sérgio Bandeira Júnior que o conjunto musicou.


"Bem que mais,
Que eu gostei de ter você
Não vou mais querer ninguém
Agora que sei quem me faz bem... " (Vanessa da Mata)

"Você não vai me acertar
À queima-roupa
Vem cá, me deixa fugir
Me beija a boca
Às vezes parece até
Que a gente deu um nó
Hoje eu quero sair só... " (Lenine)

"Bebete vamos embora
Que está na hora
Olha que o sol vai sair
E Bebete sorrindo não parou de sambar... " (Jorge Ben Jor)





Guto e Estela


de novo ...


a número 1


Carmen e Sidney


Meg


Juliano e Estela


Estela e amigos


uniforme?


ele pode!!!


close


na balada ...


louras...


séria ...

beijinho ...


olha eu no fundo

um abraço!


Maria Madame no Depois Bar

adorooo...

vamos ao Belém?

um brinde

vem ...

sono...

lindo pé


esse baixista me mata!

com Sidney

bonitos na foto

é isso aí!

que susto!

pagamos a conta ...

já deu minha hora e eu não posso ficar
a lua me chama e tenho que ir pra rua


sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Doce Presença



Sei que mudamos desde o dia que nos vimos
Li nos olhos que escondiam meu destino
Luz tão intensa
A mais doce presença
No universo desse seu olhar
Nós descobrimos nossos sonhos esquecidos
E aí ficamos cada vez mais parecidos
Mais convencidos
Quanto tempo perdido
No universo desse seu olhar
Como te perder
Ou tentar te esquecer
Inda mais que agora sei que somos iguais
E se duvidar, tens minhas digitais
Como esse amor pode ter fim?
Já tens meu corpo, minha alma, meus desejos
Se olhar pra ti, estou olhando pra mim, mesmo
Fim da procura
Tenho fé na loucura
De acreditar que sempre estás em mim...

(Ivan Lins/Vitor Martins)

terça-feira, 8 de setembro de 2009

O que dizer de mim?




Sou eu que começo? Não sei bem o que dizer sobre mim.
Não me sinto uma mulher como as outras.
Por exemplo, odeio falar sobre crianças, empregadas e liquidações.
Tenho vontade de cometer harakiri quando me convidam para um chá de fraldas e me sinto esquisita à beça usando um lencinho amarrado no pescoço.
Mas segui todos os mandamentos de uma boa menina: brinquei de boneca, tive medo do escuro e fiquei nervosa com o primeiro beijo.
Quem me vê caminhando na rua, de salto alto e delineador, jura que sou tão feminina quanto as outras: ninguém desconfia do meu hermafroditismo cerebral.
Adoro massas cinzentas, detesto cor-de-rosa.
Penso como um homem, mas sinto como mulher.
Não me considero vítima de nada.
Sou autoritária, teimosa e um verdadeiro desastre na cozinha.
Peça para eu arrumar uma cama e estrague meu dia.
Vida doméstica é para os gatos.
Tenho um cérebro masculino, como lhe disse, mas isso não interfere na minha sexualidade, que é bem ortodoxa.
Já o coração sempre foi gelatinoso, me deixa com as pernas frouxas diante de qualquer um que me convide para um chope.
Faz eu dizer tudo ao contrário do que penso: nessas horas não sei onde vão parar minhas idéias viris.
Afino a voz, uso cinta-liga, faço strip-tease.
Basta me segurar pela nuca e eu derreto, viro pão com manteiga, sirva-se.
Sou tantas que mal consigo me distinguir.
Sou estrategista, batalhadora, porém traída pela comoção.
Num piscar de olhos fico terna, delicada.
Acho que sou promíscua, doutor Lopes.
São muitas mulheres numa só, e alguns homens também.
Prepare-se para uma terapia de grupo.

(Martha Medeiros)

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Embriagem-se


É preciso estar sempre embriagado.
Aí está: eis a única questão.
Para não sentirem o fardo horrível do Tempo que verga e inclina para a terra, é preciso que se embriaguem sem descanso.
Com quê? Com vinho, poesia ou virtude, a escolher.
Mas embriaguem-se.
E se, porventura, nos degraus de um palácio, sobre a relva verde de um fosso, na solidão morna do quarto, a embriaguez diminuir ou desaparecer quando você acordar, pergunte ao vento, a vaga, a estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que flui, a tudo que geme, a tudo que gira, a tudo que canta, a tudo que fala, pergunte que horas são; e o vento, a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio responderão: É hora de embriagar-se!
Para não serem os escravos martirizados do Tempo, embriaguem-se; embriaguem-se sem descanso.
Com vinho, poesia ou virtude, a escolher.

(Charles Baudelaire)

 
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