Eu quero o sol
Ao despertar
Brincando com a brisa
Por entre as plantas
Da varanda
Em nossa casa
Eu quero amar
É lógico
Que o mundo não me odeia
Hoje eu sou mais romântico
Que a lua cheia
Você mostrou pra mim
Onde encontrar assim
Mais de um milhão
De motivos pra sonhar, enfim
E é tão gostoso ter
Os pés no chão e ver
Que o melhor da vida
Vai começar ...
(Guilherme Arantes)
sábado, 25 de dezembro de 2010
O melhor vai começar
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sábado, 11 de dezembro de 2010
Centenário Noel Rosa
Quando o apito da fábrica de tecidos
Vem ferir os meus ouvidos
Eu me lembro de você
Mas você anda
Sem dúvida bem zangada
Ou está interessada
Em fingir que não me vê
Você que atende ao apito de uma chaminé de barro
Porque não atende ao grito
Tão aflito
Da buzina do meu carro
Você no inverno
Sem meias vai pro trabalho
Não faz fé no agasalho
Nem no frio você crê
Mas você é mesmo artigo que não se imita
Quando a fábrica apita
Faz reclame de você
Nos meus olhos você lê
Que eu sofro cruelmente
Com ciúmes do gerente
Impertinente
Que dá ordens à você
Sou do sereno poeta muito soturno
Vou virar guarda-noturno
E você sabe porque
Mas você não sabe
Que enquanto você faz pano
Faço junto ao piano
Estes versos pra você...
(Três Apitos - Noel Rosa)
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segunda-feira, 29 de novembro de 2010
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Aventura

Vi seu olhar, seu olhar de festa,
Todos faróis me lembram seus olhos,
Aventurar por toda cidade a te procurar, todos lugares
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terça-feira, 21 de setembro de 2010
Oposto
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sábado, 18 de setembro de 2010
Mãos dadas
Mãos dadas!
É a eletricidade da vida que explode em amor!
(Cassandra Rios)
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domingo, 12 de setembro de 2010
Dentro de Mim
Saudade... é a palavra que mais uso nos últimos tempos, sentimento que "arde" em mim.
Não é só a saudade de quem se foi: não o vejo, não ouço sua voz ... não tem cura! Mas não é só isso... fecho os olhos e ainda sinto o sabor do bolo de chocolate, molhado com guaraná e conhaque, com creme de baunilha que minha mãe fazia. Dos finais de semana que saíamos para comermos fora e nossas viagens...
Ah... sinto falta das minhas férias em São Paulo na casa de meus Padrinhos. Fernando, ele era inteligente, alegre e conquistador. Madrinha Mercedes era uma Dama, adorava ver suas jóias, vestidos e sapatos, tudo era mágico... Ela sempre me dizia: "- Carmen, olhe bem os sapatos dos homens, se ele tem mal gosto... será péssimo!" Engraçado... amo sapatos ...
Lembrou-me de três locais que minha mãe me levava sempre: costureira, salão de beleza (que cheiro horrível do líquido de permanente) e a boutique de calçados. Nem dá para acreditar,ela não se cansava disso!
Embora simples, sempre teve bom gosto, unhas vermelhas, três perucas (cabelo natural), sempre bem vestida e mal humorada (mas cuidava muito bem de mim).
A imagem que me vem de meu Pai: vaidoso, bigode preto, elegante, sapato de cromo alemão, amava bossa-nova... sempre trabalhando, nas horas de folga íamos ouvir serestas nos bares, era pequena encostava-se na porta e voltava toda suja de graxa, minha mãe ficava louca com isso.
Aprendi amar música desde cedo.
Aos 7 anos meu Pai chegou com um violão.. e agora que faço? Bem que Sônia me deu aulas, mas quando apresentou as "partituras", o sonho acabou! Serei sempre melhor ouvinte.
Que bom que Ana Luiza sabe "tudo" de teoria musical, sou ignorante perto dela.
A infância passou rápido, o primeiro dia de aula, a primeira festa na escola, os amigos, a primeira professora... Lurdinha... queria ser linda como ela e professora! Saudades de meus professores, principalmente as de Português, Matemática nunca! Só da professora Mazé, quando fiz 15 anos ela me deu uma pulseira de prata (luxo), também a Mazé Muraro de Inglês, certa vez ele escreveu uma frase na prova: “No amor roubar não é pecado", até hoje penso nisso, mas não consegui concluir!
Acredite, ainda tenho amigos do ginásio, colégio, outros cursos, de antigos empregos, laços eternos!
Chegou o primeiro emprego, o primeiro amor... preciso de tempo para falar desse amor... doce, turbulento e para sempre.
É ... a vida passa rápido demais, quando vi... estava grávida... aiai que susto!
E chegou Lígia, minha vida mudou para sempre.
Agora sinto saudades dela bebê, criança, das festas, das danças, formaturas...
Quando acordei novamente, estava esperando por ela ao som de "Montreux", uma linda mulher vestida de noiva chegou... E Rafael levou-a!
Foram tantas supresas... e Deus presenteou-me com Ana Luiza (minha flautista)...
Saudades das paixões e dos amores... do primeiro porre, das noites em São Paulo...
Há pouco tempo reencontrei com meu passado, fizemos um acerto de contas, que posso dizer disso? Foi maravilhoso rever depois de 28 anos um lindo menino que voltou um homem maravilhoso.
Saudades de trabalhar como secretária (profissão que escolhi), saudades da "Moda"...
Por mais simples que pareça.. me trazem saudades.
Abri os olhos... a vida é muito curta, não posso mais perder tempo, tenho que viver cada dia como se fosse o último... será que consigo?
A resposta está somente em mim!
Carmen La Vie
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sábado, 11 de setembro de 2010
Desejos Inocentes
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sábado, 4 de setembro de 2010
De mais ninguém
É meu troféu, é o que restou
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segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Um dia encontro
...Se quiser eu piro, e imagino ele de capa de gabardine, chapéu molhado, barba de dois dias, cigarro no canto da boca, bem “noir”.
Mas isso é filme, ele não.
Ele é de um jeito que ainda não sei, porque nem vi.
Vai olhar direto para mim.
Ele vai sentar na minha mesa, me olhar no olho, pegar na minha mão, encostar seu joelho quente na minha coxa fria e dizer: vem comigo.
É por ele que eu venho aqui, boy, quase toda noite.
Não por você, por outros como você.
Pra ele, me guardo.
Ria de mim, mas estou aqui parada, bêbada, pateta e ridícula, só porque no meio desse lixo todo procuro o verdadeiro amor.
Cuidado, comigo: um dia encontro.
(Trecho do conto "Dama da Noite" Caio Fernando Abreu)
PS.: sem imagem esse post: ele ainda não apareceu ...
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sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Cerejeiras em Flor
Um dos melhores filme que vi. Ganhei o DVD do Marco, ele disse que quando viu lembrou de nós, devido ao nosso sofrimento com a doença e a partida de meu Pai.
"Há filmes marcantes e outros que passam. A maioria deles é feita para entreter, mas alguns são especiais, responsáveis por tocar, além dos olhos, a alma e o coração.
Caso do drama Hanami — "Cerejeiras em Flor " Miguel Barbieri Jr
A trama começa de forma bastante dramática. Trudi (a magnífica Hannelore Elsner) recebe uma estarrecedora notícia: seu marido, Rudi (Elmar Wepper), tem pouco tempo de vida. Aconselhada pelos médicos, ela o convence a sair da Bavária, onde moram num vilarejo, e espairecer numa visita aos filhos em Berlim. Omite dele o trágico destino. O sessentão Rudi, sistemático e de poucas palavras, ainda dá conta de seu emprego burocrático e não abre mão do cotidiano pacato, simples e regrado.
Rudi parte para Tóquio. Lá, o filho o recebe com impaciência e indiferença.
Ele resiste e sempre com o suéter de sua mulher sob o casaco, "a" leva para passear e ver as espetaculares cerejeiras em flor. No auge da depressão ele conhece Yu (Aya Irizuki), uma garota solitária, que mora numa tenda e dança no parque. Juntos eles vão ver o Monte Fuji. Rudi redescobrirá o prazer das pequenas coisas ao lado de uma jovem dançarina de butô.
Achei lindo quando encontra a dançarina. Ela dança com um telefone cor de rosa (era da mãe que faleceu), diz que "dança com os mortos" e dessa forma estará sempre em contato com a mãe, porque ela não desgrudava do seu telefone ... cada gesto ... grande intensidade!
A busca de Rudi pela essência das coisas que sua mulher amava, como a dança, o Japão, é ingênua demais. Ou talvez, nós vivamos num mundo em que não haja mais lugar para tal ingenuidade. Ela simplesmente é incompatível com o cinismo dos tempos modernos
Fonte: Cíntia Bertolino
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sábado, 21 de agosto de 2010
Saudade
Saudade é um pouco como fome.
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segunda-feira, 16 de agosto de 2010
O nada não ilumina
Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a
desilusão de um quase.
É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda,
quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances
que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa
maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou
melhor não me pergunto, contesto.
A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos,
na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia",quase que sussurrados.
Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.
A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo atrai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor,
sentir o nada, mas não são.
Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas,
os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma,
apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência.
Porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma.
Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.
(L F Veríssimo)
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segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Como você me dói de vez em quando
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quinta-feira, 29 de julho de 2010
Perfume Exótico
De olhos fechados, quando, alta noite, no outono,
respiro o cheiro bom dos teus seios fogosos,
Vejo entreabrir-se além de cenários deleitosos
Cintilando o ardor de um sol morno de sono:
Uma ilha preguiçosa e molenga e sem dono
Em que há árvores ideais e frutos saborosos;
Homens de corpos nus, finos e vigorosos,
Mulheres cujo olhar tem franqueza e abandono.
Guiado por teu perfume às paragens mais belas
Vejo um porto arquejar de mastros e velas
Ainda tontos talvez da vaga alta que ondula
Enquanto um verde aroma dos tamarineiros,
Que passeia pelo ar que aspiro com gula, Se mistura em minha alma à voz dos marinheiros.
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domingo, 11 de julho de 2010
Poema à Boca Aberta
Alguns dias em silêncio, em férias e confinamento.
Tempo para pensar na vida e muitas mudanças.
Como diz Estela: ando "sem frases de efeito".
Hoje tirei o dia para relembrar coisas boas, matei saudades, encontrei um vídeo da abertura do filme " 007 O Espião que me Amava " (um luxo e linda música na voz de Carly Simon, na época tinha 15 anos e muitos sonhos).
Nessa busca encontrei outros vídeos e músicas ... meu coração vai explodir.
Meu mal: saudade. Outro mal: ausência. Não dá para entender certas coisas, não resolve tentar encontrar explicações e justificativas. Somos egoístas (alguns mais), quando se trata de ser "feliz", passamos por cima de tudo e todos (estrago total). Não acredito em felicidade criada em cima da tristeza de outra pessoa. Não consigo engolir isso. Mas, aceito e respeito.
Essa foto de Marilyn é um arraso, quero fazer uma parecida (olhe bem Edeson Souza) e José Saramago é bom em todos os momentos.
Que o silêncio me sufoca e amordaça.
Calado estou, calado ficarei,
Pois que a língua que falo é de outra raça.
Palavras consumidas se acumulam,
Se represam, cisterna de águas mortas,
Ácidas mágoas em limos transformadas,
Vaza de fundo em que há raízes tortas.
Não direi:
Que nem sequer o esforço de as dizer merecem,
Palavras que não digam quanto sei
Neste retiro em que me não conhecem.
Nem só lodos se arrastam, nem só lamas,
Nem só animais bóiam, mortos, medos,
Túrgidos frutos em cachos se entrelaçam
No negro poço de onde sobem dedos.
(José Saramago)
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quarta-feira, 30 de junho de 2010
A Bailarina - Feliz Aniversário!
Ana Luiza hoje faz 11 anos que chegou em nossas vidas.
Agora sei a razão: não me deixar enlouquecer de saudade.
Procurei algum poema que falasse de música, não encontrei, mas esse da Cecília Meireles você adorava quando pequena. Bem ... continua pequena, magrela, os dentes ainda caindo ... dentuça ...rs
Mas linda ... Mamãe te ama muito, é minha amiga e companheira.
Muitas felicidades e aproveite enquanto é criança.
Continue estudando muito, com esse seu jeitinho de intelectual, nunca deixe de ler e ouvir muita música.
Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.
Não conhece nem dó nem ré
mas sabe ficar na ponta do pé.
Não conhece nem mi nem fá
Mas inclina o corpo para cá e para lá.
Não conhece nem lá nem si,
mas fecha os olhos e sorri.
Roda, roda, roda, com os bracinhos no ar
e não fica tonta nem sai do lugar.
Põe no cabelo uma estrela e um véu
e diz que caiu do céu.
Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.
Mas depois esquece todas as danças,
e também quer dormir como as outras crianças.
(Cecília Benevides de Carvalho Meireles (RJ 1901 – RJ 1964) poeta brasileira, professora e jornalista brasileira)
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segunda-feira, 28 de junho de 2010
Niver 2010 - Depois Bar com Marco Pereira e Grupo Terreiro de Bambas
Meu terno branco
linho S 120
foi cortado com requinte pelo meu alfaiate inglês.
Camisa de seda pura
pescoço desocupado
bigode bem aparado
um lado de cada vez.
Pisante de duas cores
mas feito sob encomenda
para que a oposição entenda que a maré pra mim tá boa.
Não é à toa
que uso esse chapéu quebrado
para defender o telhado da friagem da garoa.
Chego assim mais esticado do que coro de cuíca,
que a primeira impressão é que fica
e eu chego querendo ficar.
Não sou malandro, porque malandro é de morte,
estou no mundo por esporte
só quero o leite e o mel.
Não sou malandro mas tenho o meu santo forte,
sou um otário com sorte,
sou zona norte,
sou Vila Isabel.
(Pedro Amorim )
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Marcos Ferreira, Edeson, Adriana e Glorinha fizeram falta... grandes fotógrafos! Lígia me deixou pálida e magra nas fotos ...rs Ela irá me matar por esse comentário.Tem algumas da Aline Ferraz também (incluindo as "lindas" pernas dessa "modesta" mulher ...rs)
Obrigada amigos por esse momento.
Marcos Boi querido, faltou uma foto nossa ...rs
Vestido e Casaco by Hilda. Acreditem, ela perdeu minhas medidas e fez de "olho", acho que esse é um olhar "fotográfico, coloquei a roupa e saí.
Minha querida cabeleireira Elis, depois de anos errou em meu cabelo (que franja curta é essa?).
"Agora já passa da hora, tá lindo lá fora
larga minha mão ...
solta as unhas do meu coração"
(Chico Buarque)

que é isso Marcus?
Postado por La Vie às 12:40 2 comentários