segunda-feira, 26 de maio de 2008

Tá chegando


Em 18 dias completarei 46 anos ...

Lembro-me quando fiz seis. Dava voltas ao redor da mesa , tirava escondido de minha mãe a cobertura do bolo, não conseguia acreditar que já tinha idade para ir à escola!

Meus 15 anos, meu pai e minha mãe (ainda jovens). Tinha um brilho nos olhos, que hoje já não tenho mais, as coisas mudam, nós mudamos.Tanta coisa se passou: escolas, trabalhos, paixões, amores, minhas filhas Lígia e Ana Luiza.

É estranho, tudo de volta em minha mente.

Felicidade ou desespero, tanto faz! Na conta do desgaste, vale só a intensidade, a sensação boa ou ruim.

O tempo conta o que gastamos de nós mesmos: física, emocional e mental. Contamos o que conquistamos a despeito do que perdemos? E o vice versa?

Será que tem como negociar uma pausa na contagem para o tempo improdutivo gasto com depressão, desilusão, tristeza e afins?

Não sei responder, o que sei: tenho muito medo... Medo do fim! Das perdas.

O que irá acontecer, essa ansiedade é cruel.

A verdade é que me sinto bem, ainda que me sinta cada vez mais inadequada para viver no que o mundo está se tornando.

Isso modifica todas a minhas expectativas. Somada ao meu "quase" segundo tempo no jogo da vida, não vou dizer que é fácil, nem gostoso...

Ando triste, mas em paz. Não posso dizer que tenho um ponto de apoio.

Porque no rumo que as coisas andam, não há o que me faça sentir apoiada. Existe um vazio muito grande dentro de mim. Leio muito, ouço muita música, isso me deixa melhor, mas tem uma coisa: tenho muita pressa em ser feliz!

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