Recebi o convite por e-mail do amigo Davi Deamatis, o livro parece ser muito bom, irei ao lançamento. Vale ver o site tem muita coisa legal, as fotos abaixo tirei dele. Tentei colocar a foto da capa, mas não consegui.
“Noite do beijo”
Carlos Batistella
Editora do Autor
128 páginas 14 x 20 cm R$ 15,00
Lançamento
15 de abril de 2009
a partir das 19h
Bar Depois
Venda pelo site: http://www.noitedobeijo.com.br/ ou no Depois Bar
Não menos importante é a participações de ‘focas’ e estudantes de jornalismo na trama que prepara a manifestação, e da mídia local e nacional que divulga e polemiza no delicado momento em que os líderes metalúrgicos do ABC estão presos e o país é governado por um general.
O texto nos lembra a época:
“– Assim ninguém condena o beijo cortês, o simbólico, o à francesa ou à russa, como sinal de respeito ou de saudação. Ninguém condena, e aqui está outra figura literária estupenda, o beijo de Julieta nos lábios de Romeu, colhendo neles, embora, os restos de veneno...
Óculos fundos de devorar os compêndios da Justiça, o que o meritíssimo senhor condena, explica, em defesa do colega de toga, é o beijo-ventosa.
– Ninguém nega o escândalo dos beijos das telenovelas, em cujas cenas os parceiros se lambuzam nas bocas, numa autêntica masturbação oral... – e esclarece, tomando fôlego e espaço no jornal. – E não chego a ponto de classificar, como onimus, o beijo em cutâneo, beijo cutâneo-mucoso e o beijo voluptuoso; nem classifico o beijo pela sua duração, como ocorreu em Nova York, com o célebre édito policial considerando imoral o beijo público que excedesse a um minuto.”
A polêmica do beijo, como se vê, se estende no tempo.
Como um alter-ego, no texto, outro personagem vagueia pelas ruas e redações de jornais e revistas, em anos posteriores ao acontecimento, no seu ofício de design. Traz as suas tentativas e frustrações amorosas, suas experiências, em meio a recortes de filmes e ‘beijos cinematográficos’ que procuram ambientar o tempo e local da sua busca.
Para o autor, olhar o passado e tentar entendê-lo funciona como um exercício de auto-conhecimento. Esta é a busca dos dois personagens: no presente, um deles conta uma história verídica, seus atores, seus sonhos; no outro, fragmentos de uma vida na metrópole, as vezes solitária, mas incessante nos dramas. O romance não ter estabelecer uma verdade histórica, pronta, para ser consumida sem questionamento. Ao contrário, a viagem da leitura é justamente oferecer dúvidas, porquês, onde cada um faz a busca das suas razões.

Formado no curso técnico de redação auxiliar, mudou-se para São Paulo, onde exerceu a função de secretário gráfico. Fez arte-final e diagramação. Trabalha hoje como diretor de arte em revistas e livros. Aos quarenta e cinco anos de idade ,assados vinte e sete anos dos incríveis acontecimentos, escreveu este livro para entender o passado.
Assim, crê, pode entender o futuro.
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